Contexto Socioeconômico
O crescimento econômico rápido tem sido, sem dúvida, vantajoso para muitos brasileiros e o maior acesso ao crédito tem estimulado o crescimento da classe média. Além disso, a taxa de desigualdade no Brasil caiu para o ponto mais baixo desde os registros de PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Brasil), começaram em 1967. No entanto, com baixa mobilidade social e desigualdade social elevada, milhões continuam a ser significativamente desfavorecidos. O censo de 2010 revelou que, por mês, um quarto da população vivia com uma renda média de R$ 188 e a metade da população ganhava menos de R$ 375, constituindo 37% e 74% do salário mínimo de R$510, respectivamente.
A pobreza no Brasil é tão diversa como o cenário cultural e demográfico do país. Uma diferença fundamental existente entre a pobreza rural e urbana. A pobreza rural tem sido caracterizada pelas características da suposta pobreza “velha” – a fome e a falta de acesso à água potável, a saúde pública e saneamento basico. A maioria das pessoas vivendo na pobreza urbana, por outro lado, podem ter acesso a essas necessidades básicas, mas estão sujeitos aos desafios complexos – sociais, legais, econômicos e ambientais. No relatorio da Oxfam, Pobreza Urbana e Desenvolvimento no Século 21 lista algumas das principais características da pobreza urbana e da vulnerabilidade:
• A dependência de uma economia monetizada
• A dependência da economia informal
• Habitação inadequada
• A insegurança da posse
• A falta de acesso a serviços básicos
• A vulnerabilidade à doença
• Riscos ambientais
• Fragmentação social
• A exposição à violência e ao crime
No entanto, a pobreza urbana não pode ser simplesmente definida como uma combinação destas características. É melhor entendida como uma condição dinâmica de vulnerabilidade e exposição a exclusão social, econômica, institucional e pessoal, perigo e risco.
A estratégia de redução da pobreza nacional do Brasil tem tido um sucesso considerável. Seu programa Fome Zero tem ajudado a reduzir a fome no país em mais de um terço. O programa mais recente, Bolsa Família, que está sendo estendido para Brasil Sem Miséria, é um programa de assistência social, que prevê um pagamento mensal às famílias com a condição de que os seus filhos frequentem a escola e façam exames médicos regularmente e recebam vacinas. O esquema beneficiou 12,4 milhões de famílias e foi adotado como um modelo de desenvolvimento em outros países.
Apesar da realização significativa dos programas o governo não é a única parte interessada envolvida no combate da exclusão e da desigualdade. Organizações voluntárias, fundações e empresas desempenham um papel fundamental na economia social, enfrentando estes problemas através da geração efetiva de capital social – aspectos da organização social que promovem benefício mútuo, a inclusão social e a igualdade de oportunidades. Uma área onde esta contribuição é fundamental é a do desemprego entre jovens